3.10.08

Faz parte da memória:
Quando eu estava no último ano da faculdade de Comunicação, eu meio que surtei com o projeto de conclusão de curso.Dois anos antes eu já tinha cursado um ano inteiro da faculdade de Biologia.Tive que trancar pois não estava dando conta de estudar jornalismo de manhã, trabalhar na rádio à tarde e de finais de semana, e ainda cursar Biologia à noite.Isso tudo permeado com uma vida social razoável.Mas voltando ao último ano da faculdade, eu estava estressada e precisava de alguma coisa diferente na minha vida.Foi aí então que fiz um curso de três meses de instrumentação cirúrgica e fui trabalhar com um cirurgião ortopedista.Por oito meses, cinco dias por semana, eu trabalhei no centro cirúrgico de um hospital. É um outro mundo, uma realidade muito longe da que conhecemos.Um verdadeiro mundo estéril de quase anônimos, aonde a vida e a morte, o erro e o acerto estão sempre confrontando-se.Foi muito bom e só veio reforçar a idéia que eu já tinha de que a vida humana é efêmera demais. Talvez venha da somatória das minhas vivências essa minha vontade quase que incontrolável de viver intensamente.

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