Eu odeio acordar com a sensação de estar sozinha.
Mas talvez eu esteja errada, afinal por que esperar demais dos outros quando os outros precisam pensar mais em si mesmos?
E já houve um tempo em que eu reclamava da super atenção, do excesso de amor. Afinal tudo que é demais faz mal, não é? Hoje eu vejo que não...
Mas se eu colocar contra a parede todas as pessoas do meu mais estreito convívio todos vão declarar que me amam profundamente.Ah, é? Mas me amar perdidamente é também me encontrar. É saber perceber quando estou precisando de um pouco mais de carinho e atenção.O preço de ser independente emocionalmente, socialmente, economicamente e profissionalmente é muito caro. As pessoas te julgam uma fortaleza e não conseguem entender que você também precisa de um pouco mais de atenção, só por algumas vezes. São coisas tão pequenas...como um presente de aniversário que pedi e que ficaram de comprar e até hoje nada.Eu poderia sair e comprar, claro que sim, mas poxa, dá prá pensar em mim de vez em quando???
Os teóricos dizem que as pessoas devem mostrar o que querem, expressar melhor seus sentimentos. Agora me explica uma coisa, como é que eu percebo o que os outros não dizem através de palavras??? Eu durmo e acordo atenta ao mundo que me rodeia. Sinto todos os problemas do mundo, num olhar, num gesto, em meias palavras, em gritos, sussuros e até mesmo nos sons do silêncio.Ok, talvez a minha percepção seja amplificada. Acho que terei de morrer e viver outra vez para que as pessoas me percebam como eu gostaria :o)
Perdão pelo desabafo de segunda feira.É que acordei com a certeza de que hoje ninguém me trará o café na cama com a surpresa de um botão de rosa recém colhido no jardim.Ninguém me perguntará se eu dormi bem e muito menos como foi o meu dia...
Mas coragem, vamos , que ainda tem muito dia pela frente.
Uma boa semana para todos!!!
Um comentário:
Rendo-me a quem consegue traduzir o que sinto em palavras.
Leio boquiaberta a descrição dos meus sentimentos e embora saiba que não foi escrito para mim, pasmo com tanta exatidão.
Há ocasiões em que também me sinto assim, Turmalina.
E como você percebo de "maneira amplificada" o mundo ao meu redor.
Revolto-me pensando que talvez o ideal fosse amassar a folha do desenho que sou, jogar fora e começar um novo desenho; depois dou um sorriso e observo que há um belo traço aqui, outro ali...Lembro da "lei da compensação" - hoje nada, amanhã tudo.
E sigo para mais um dia.
Até a próxima "vontade de rasgar a folha"...
Beijos mil!!!
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