A dor melhorou...mas como sou muito analítica tentei encontrar o motivo maior da gastrite.Embora eu já desconfiasse, sempre que trago à tona aquela noite horrorosa de setembro, me dá uma pontada aguda no estômago. Foram quase duas horas de completo terror. Até minha gata eles chutaram e por pouco não mataram minha cachorra. Eu queria gritar, falar, chorar e não podia. Fiquei paralisada, teve momentos em que senti que meu coração parou!
Ser pega de surpresa na porta de casa parece um pesadelo destes que a gente só vê em filmes. Estávamos chegando em casa e eu fui a primeira à descer do carro. Quando coloquei minha mão na maçaneta, uma mão gelada me tampou a boca e uma parte do nariz. Na minha frente um outro homem colocava uma arma na minha barriga. Fomos entrando assim, os três e eu nem pude olhar para trás para saber da minha família. O pior, aliás não sei o que foi pior, tudo foi pior, mas enfim foi terem nos separado, foi uma tortura bárbara.Eu fiquei trancada no quarto e meu cara metade na sala.Meu filho ia com eles de um lado para o outro.Comigo ficaram dois sujeitos.Um que me ameaçava o tempo todo e outro que amenizava a situação me pedindo que ficasse calma.Eu fiquei com medo por mim, por minha família e pelos vizinhos. Eles diziam que iam pegar meu filho e descer nos vizinhos.Um telefonema para o celular de um deles os fez mudar de idéia. Os seis saíram daqui nos dois carros da casa.Depois de algum tempo, meu filho conseguiu se desamarrar e soltar meu cara metade. Primeiro eles desamarraram meus tornozelos, depois meus pulsos e por último a mordaça. O pânico era tanto que eu tremia e não conseguia respirar, o ar parecia que não chegava aos meus pulmões. Eu olhava para meu filho com os olhos apavorados e meu cara metade com o rosto inchado das coronhadas e eu não conseguia me mover. Fomos à pé até a minha mãe, que mora aqui perto. Eu nem sei como eu cheguei lá, porque eu mal conseguia respirar. Fui andando pelo rua com o apoio dos meus dois amados. Vocês não imaginam o susto que minha mãe levou ao nos ver naquele estado, nem tínhamos nos dado conta que saímos prá rua com pedaços das amarras (pedaços de lençóis rasgados). Até hoje quando me lembro destas cenas, sinto no corpo as marcas. Perdoem o desabafo, mas um terapeuta amigo meu me disse que escrever ou falar sobre o acontecido ajuda.Eu tô tentando....
Um comentário:
Dificílimo comentar o post, mas como também já sofri, mesmo que em menor escala, os efeitos da violência de um assalto a mão armada, fui fazer uma mini pesquisa a respeito do assunto.
Achei um site que talvez possa interessar, é sobre uma técnica de tratamento para pessoas vítimas de estresse pós traumático. Achei bem interessante.
O link é: http://www.orgonizando.psc.br/zeg/index.htm
Um abraço
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