31.8.09
Não que alguma coisa esteja me faltando.Mas é que eu tenho essas coisas de querer colo e cafuné assim sem motivo. Talvez seja saudades de mim mesma, do que já fiz e do que ainda quero fazer.Mas logo vai passar :o)
30.8.09
Tango - Carlos Saura
Um pouco de arte...esse é o meu favorito de Saura :o)
Os diálogos, as cores, a dança, a música...é tudo forte, marcante. Simplesmente divino!!!
E nesse clima desejo um excelente início de semana para todos.
Fado Tropical - Chico Buarque e Carlos do Carmo
Não conheço profundamente a história de Portugal, mas quando menina passamos ao lado dela. Não foi em abril de 74 , mas sim em fevereiro de 76, às vésperas das eleições de 25 de abril do mesmo ano. Percebemos que o clima não era de tranquilidade em Lisboa, quando um amigo do meu pai de sobrenome Soares parou ao lado de um cartaz de Soares, o Mario, para uma fotografia.Na foto ele fazia um gesto de positivo com a mão esquerda, mas foi o suficiente para quase quebrarem a câmera.Foi um diz que disse e um deixa disso só amenizado quando meu pai mostrou o passaporte e explicou que éramos brasileiros. Logo fomos liberados mas aconselhados à não mais repetir aquele gesto.Eu tinha 9 anos na época e não entendi direito o que aconteceu, só me lembro de minha mãe pedindo que eu ficasse quieta, Afinal, curiosa que só eu, nem preciso dizer que logo já fui perguntando o que estava acontecendo.No dia seguinte saímos em direção à Paris. Na mala levávamos café para um amigo jornalista do meu pai, que nunca se envolveu com política, mas seus colegas sim.Acho que ele era suficientemente político demais para isso.Mas aí já é uma outra história :o)
29.8.09
28.8.09
27.8.09
Por exemplo:
PLANO AMERICANO – ALICE pára em frente à ANDARILHO que se encontra sentado debaixo de uma árvore em uma praça.A praça é longa e ANDARILHO está logo no começo dela, folheando um livro surrado de Willian Shakespeare, sem tirar os olhos da leitura.
ALICE
Ei, você aí. Por que está tudo tão silencioso?
Aonde está todo mundo?
ANDARILHO (com os olhos na leitura)
Hoje é feriado.Tá tudo fechado.
ALICE
Feriado? Mas que dia é hoje? Eu não me lembro.
ANDARILHO
Ah! Isso eu não sei! Também não me importo.
Eu nunca sei que dia é hoje.
Hoje é todo dia.
ALICE
Mas deve ser um dia importante!
ALICE sai caminhando para o interior da praça, olhando para trás, na direção de ANDARILHO.
ANDARILHO
Ei, aonde você vai?
ALICE (feliz)
Descobrir que dia é hoje!
- Tia Carlinha, vc vai na festa sábado? Pq eu vou!
- Acho que vou, querida.
- Vai sim , Tia Carlinha.
- Tá bom, então eu vou.
- Vc vai de fantasia?
- Não dá , Pi. Eu sou gente grande.
- Dá sim, Tia. Eu vou de borboleta. E vc?
Vendo que ela não ia ceder respondi:
- Ah... se der então vou de Fiona.
- Mãe!!!, ela gritou, A Tia Carlinha disse que vai de Fiona então vc pode ir de Branca de Neve.
- Mas Pi, eu não sei se a minha roupa de Fiona tá aqui.Eu preciso procurar.
- Então vai de plincesa mesmo!
- Mas eu não tenho fantasia de princesa.
- Tia Carlinha, vc já é um plincesa.
Depois dessa como é que eu posso não ir.
26.8.09
E assim sendo aprendi a ter um olhar diferente sobre o culpado e o inocente.Descobri que muitas vezes as pessoas são condenadas socialmente sem direito algum de defesa.Isso acontece muito com os que eu chamo de "invisíveis". São aquelas pessoas que vivem pelas ruas e pelos semáforos. As pessoas, no geral, fingem que elas não existem ou então nem olham para o lado com medo. Eu, ao contrário, conheço uma monte delas. Algumas até pelo nome. Tem a Brida, um travesti ruivo de mais de metro e oitenta que fica no semáforo próximo ao escritório.Todo dia a gente bate um papinho. Na semana passada ela sumiu, ontem descobri que é pq estava em tratamento, ela tem Aids, mas passa bem. E aos poucos, sempre que o sinal fecha, ela me conta um pouco da sua vida.Ela não quer dinheiro, nem nada, só um pouco de atenção já lhe basta. E eu sou grata pela forma carinhosa como ela me trata. Tem também o Douglas, um rapaz dependente, ele vive na rua desde que se conhece por gente.No Natal passado ele me pediu um presente, podia ser qualquer coisa desde que viesse num pacote de presente.Esse era seu maior desejo.Eu comprei uma camiseta, fiz um embrulho lindo e entreguei-lhe no dia 24. Esse menino chorou de emoção. Foi o presente que me deu mais prazer de embrulhar. Outro dia mesmo, drogado que só vendo, ele me falava da vontade de estudar para entrar no exército.E como essas, tenho muitas e muitas histórias de gente que vive de forma alternativa. Tem gente que fala que eu sou doida de falar assim com essas pessoas.Mas elas são gente como a gente. Mais do que isso, tenho uma relação de afinidade com elas e fico feliz se sei que estão bem. A diferença está somente no fato de eu ter tido uma vida com muito mais oportunidades.
Ou talvez seja uma questão de ação e reação :o)
Cérebro Masculino e Cérebro Feminino
É claro que existem homens diferentes e mulheres tb :o)
O video é longo e as risadas da platéia são um pouco exageradas para o meu gosto. Mas é divertida a forma como ele tenta exemplificar que devemos respeitar a diferença existente entre as duas formas de pensar.
25.8.09
Fragmentos da infância
24.8.09
Hoje é aniversário do Paulo Coelho e de presente para os fãs, disponibilizou na internet alguns livros. Confiram no blog dele.
O dia por aqui não trouxe nada de novo, além de muita chuva e frio. O que também não acho ruim, nos leva à introspecção :o)
Uma excelente segunda feira para todos!!!
23.8.09
Bocelli
Vamos lá:
Alguém poderia me esclarecer baseado em quais argumentos o jornalista ................, considerou na edição de 12 de agosto/09, da Revista Veja, o tenor italiano Andrea Bocelli, cafoníssimo??? Assim mesmo, no superlativo. No meio do texto que tecia elogios ao maestro Zubin Mehta, ele disparou:
"Menos perdoáveis do que esses lapsos são algumas escolhas discográficas: em 1990, Mehta foi um dos artífices do projeto Os Três Tenores, que reuniu Plácido Domingo, Luciano Pavarotti e José Carreras na interpretação de árias de ópera e canções populares.Também já gravou com o cafoníssimo tenor italiano Andrea Bocelli."
Como assim? O que seria cafona em Bocelli, o nome? As roupas? O eclético repertório? A voz? A cegueira? O sucesso?
Eu mesma, que não sou fã de óperas, crescida aos sons de Chico Buarque, dos Beatles e dos Rolling Stones, acompanhando minha mãe ao show de Bocelli no Rio de Janeiro, tive de me render à tamanha elegância.Confesso que me emocionei ao ponto de derrubar lágrimas.
Então, o que vc vê de cafona em Bocelli?
Seven Pounds
Will Smith se superou neste último trabalho.Gostei muito do roteiro Teve momentos em que até parecia que o filme iria descambar para o clichê, mas se recuperou bem...Achei o filme lindooooooooooooo!!!
Mas o Inner Child ficou na prateleira dos baralhos até a semana passada, que foi quando senti o impulso de estudá-lo. E que grata surpresa!
O sufixo -oso (“pleno, cheio de”) liga-se diretamente ao radical, prazer, nada justificando o aparecimento do -i-: Atividades prazerosas. A pronúncia prazeiroso se deve a analogia indevida com palavras como cheiroso, na qual o i já aparecia na palavra primitiva. O mesmo vale para o advérbio: prazerosamente. (Fonte: Colégio Objetivo)
22.8.09
Mas vamos ao filme que assisti hoje: O Orfanato
Não é meu gênero favorito, o suspense sobrenatural, mas fiquei curiosa à respeito do trabalho de produção de Benício del Toro.Gosto da estética dele, pero no mucho.Como em O Labirinto de Fauno, fica sempre uma névoa sombria, que eu não gosto, na película. Mas enfim, é um bom trabalho. A tensão psicológica é bárbara e pelo menos para mim, aborda temas bem familiares.Os planos, closes e enquadramentos são excelentes. E o trabalho do ator mirim Roger Príncip é impecável. O filme também manda bem a sua mensagem.
Desde que meu filho era pequeno, nós (eu e ele) sempre conversamos muito claramente sobre a adoção.Eu tive horas em que precisei encontrar forças no fundo do coração para não desabar.Mas passados os primeiros e piores impactos tenho a mesma certeza de antes, a de que fiz a escolha certa.
21.8.09
Na minha família o matriarcado permaneceu no lado italiano até hoje. Do lado russo, as mulheres representavam a estrutura da família e sempre foram determinantes nas tomadas de decisão. Um tipo de parlamentarismo aonde a esposa era o primeiro ministro. Já na parte portuguesa as mulheres nunca tiveram muita voz e mantiveram-se sempre na retaguarda.Eu diria até que foram um tanto submissas.Sei muito pouco dos meus ancestrais portugueses.
Os italianos moravam na região de Trento e perderam contato entre si faz muito tempo. Já meu lado russo é uma festa, meu avô nasceu em São Petersburgo, mas seus antepassados vieram também da Romênia e da Bessarábia, que foi fundamentalmente colonizada por alemães.E na verdade foram as histórias deles que eu mais escutei. Histórias de mulheres fortes.
20.8.09
A Vitrine - Carla L.
Toda a atenção da casa estava voltada para Camila agora. Fechava os olhos e lembrava-se das mulheres da família, todas reunidas na costura, discutindo o recheio do bolo, a lista de convidados e uma forma de baratear o almoço que seria servido após a cerimônia.Tia Angélica sugeriu:
-Vamos servir galinha à cabidela! Eu conseguiria um bom desconto lá na avícola.
Camila que experimentava o corpete do vestido gritou:
-Tia...galinha, não! Que coisa mais vulgar, além do quê isso é coisa de festa junina. Depois a cidade toda vai dizer que não passamos de uns caipiras mesmo. Pobre sim, caipira não.
- Filhinha, mas não vamos convidar toda a cidade, somente os vizinhos, retrucou a mãe.
- Mãe, mas você não sabe como a cidade fala, não é? Eu estava pensando em algo mais chique, tipo estrogonofe de filé mignon.
-Filé mignon, Camila? Perdeste o senso? Quando é que seu pai vai conseguir comprar quilos e quilos de filé mignon? Você tem noção de quanto custa também o champignon e creme de leite? Temos todas as outras despesas do casamento. Estamos endividados até o Natal.
Endividados até o Natal, endividados até o Natal, endividados até o Natal. As palavras ecoavam na cabeça de Catarina, ali estática diante da sandália mais bonita que já vira na vida. Aos quatorze anos já se achava merecedora de um calçado assim. Mas ao baixar seus olhos para os pés, deu de cara com um par encardido de havaianas.
Novamente voltava aos preparativos do casamento. Se Camila resolveu casar-se o problema era dela. O noivo é que pague a festa.Metade dos convidados são dele mesmo.Por que é que papai e mamãe teriam de gastar todas as economias com ela? E eu? Quem vai me comprar uma sandália? E não é qualquer sandália, é a sandália mais linda do mundo.
Quem vai me perguntar se estou cansada de andar de havaianas desde que me conheço por gente? Quem vai perceber a vergonha que sinto de andar calçada por aí assim?
Já a Camila, andava sempre bem vestida, não era nada chique, mas Catarina fazia força para lembra-se de ter visto a irmã calçando um par de havaianas. Afinal mamãe sempre dizia que ela estava em idade de casar e que não deveria andar desleixada pela rua. E por ocasião do noivado com Frederico, Catarina lembrou-se que, por conta das despesas do jantar, sua mãe deixou de comprar um livro que a professora pediu que lessem nas férias.E nem adiantou reclamar:
-Mas mãe, é importante. A professora vai pedir um resumo no início do semestre.
-Ah, Catarina, se vire. Peça emprestado para uma coleguinha que dará tudo certo. Agora não tenho condições de gastar nem mais um centavo.
Neste instante passou pela rua um veículo em alta velocidade, que ao desviar de um buraco, acertou em cheio uma gigantesca poça de água que acabou por encharcar todo o vestido de Catarina. Mas a menina permaneceu imóvel. Era o própria criança diante de uma vitrine de doces. Neste caso o doce era dourado, reluzente, com tiras fininhas recobertas de strass. Conforme o sol da manhã entrava pela vitrine, os detalhes da sandália faíscavam em raios multicoloridos.
Em meio à este estado quase hipnótico lembrou-se ainda do primeiro dia que entrara nessa loja.Era um sábado daqueles em que as ruas estão agitadas, um verdadeiro burburinho.Mamãe abriu a pesada porta de vidro e ela e Camila a seguiram em silêncio.Tamanho luxo as deixou totalmente emudecidas.Lá não havia cadeiras e sim poltronas recobertas de veludo vermelho. Catarina passou os dedos pelo tecido para atestar se ele era realmente tão macio quanto parecia ser. E era sim. No centro da loja pendia um lustre de cristal como aqueles das estórias infantis. A atendente era linda e loira e ao se aproximar perguntou à mamãe:
- Pois não, senhora, em que posso ajudá-la?
- Estamos aqui para comprar o sapato de casamento da minha filha. Ela se casa em um mês com um moço muito bom. O Sr.Frederico, filho do Sr. Assis da venda lá da Rua Treze. Rapaz bonito e muito educado.
- Mamãe, por favor, disse Camila. Viemos aqui escolher o sapato.
Enquanto isto Catarina estava imóvel diante da tal sandália dourada. A atendente trouxe pelo menos uns 10 pares para Camila experimentar. Todos brancos. A mãe olhava os preços nas caixas e arregalava os olhos . Foi quando a mãe perguntou à atendente se eles possuíam crediário é que o sonho de Catarina, de ter a sandália dourada, foi por água abaixo.Mas mesmo assim ela tomou coragem e tentou:
- Mãe, posso comprar essa sandália para o casamento?
- Você ficou louca menina? Sua irmã está cheia de sandálias lá em casa. Com certeza alguma servirá para você.
- Mas mãe, ela calça 37 e eu 35.
- Ah, Catarina, larga de bobagem, menina! E faça silêncio que sua irmã precisa decidir-se. E além disso não tenho dinheiro e esta loja não aceita crediário. E pare logo com isso. Deixe de frescura. Parece até que está com inveja da sua irmã.
Inveja? Inveja? Como explicar para sua mãe que ela também tinha desejos. Afinal ela já tinha 14 anos e parecia que ninguém percebia.
Alguns pingos de chuva começaram a cair do céu. Ao longe uns trovões anunciavam a tempestade. Foi nesse exato momento que Catarina voltou à realidade e prometeu a si mesma que teria aquela sandália custasse o que fosse preciso.
Um mês passou rápido e logo veio o casamento de Camila. Catarina passou ao largo de todos os acontecimentos, sempre com a sandália dourada em mente. E assim o tempo foi passando até que numa tarde ensolarada a atendente linda e loira viu estacionar em frente à loja um carrão daqueles importados, último tipo.
Dava prá ver que lá dentro encontrava-se o dono do cartório, influente político da cidade e a menina Catarina.Eles pareciam bem íntimos. Intimidade esta atestada quando ele tirou do bolso um bolo de notas verdes e entregou à Catarina, mas não sem antes receber um escandaloso beijo, aonde não se identificava mais quem era a presa e quem era a caça.E falando em caça, coitada da Dna. Marisa, a esposa do deputado. Essa coisa dela viver visitando os parentes doentes em outras cidades só podia dar nisso. Enquanto ela praticava o bem, Catarina desfilava pelas ruas da cidade um belo par de sandálias douradas.
A principal causa das mortes vem da variação da pressão arterial. As outras causas são as hemorragias, as infecções pós-parto, as doenças do aparelho circulatório complicadas pela gravidez, parto e pós-parto e os abortos.
O governo pretende reduzir a taxa de mortalidade materna em 5% este ano e outros 5% em 2010, com prioridade para o semiárido nordestino e os estados que compreendem a Amazônia Legal. Isso inclui um programa de incentivo à realização do pré-natal. (Fonte: Jornal do Senado)
Eu tenho a questão da maternidade como algo sagrado, talvez seja até porque eu não tenha tido a oportunidade de gerar um novo ser. Acredito que certas deficiências acabem amplificando nossos sentidos.
Mas voltando à H1N1, não tiro a importância das campanhas de esclarecimento e não duvido de seu grau de transmissão e nem de sua capacidade de levar ao óbito.Só desconfio de atitudes um tanto paternalistas demais, que muito me parecem uma manobra mais política do que humanitária.
Além das parturientes perdemos também um número indecente de crianças e as principais causas de morte são: Doenças infecciosas intestinais, Tuberculose, Meningites, Tétano, Desnutrição, Pneumonias e Malformações congênitas.
Coração de todo o mundo - Oswaldo Montenegro
Existem lugares que ainda quero conhecer como Ushuaia e Barcelona e uns para aonde quero voltar como Portugal, ir de Lisboa ao Porto, numa viagem sem pressa.Se possível tomar um vinho contemplando a baía e as paisagens de Cascais.
Uma excelente quinta feira para todos!!!
Oswaldo Montenegro - Agonia
Eu sei que esta não é o tipo de música indicada para a manhã de uma quinta feira chuvosa...mas é que de repente me lembrei dela...eu tinha uns 15 anos qdo a escutei pela primeira vez e na época achei-a tristíssima, sem mesmo ainda saber o que significava morrer um pouco à cada dia. Também foi muito mais tarde que compreendi a frase que imortalizou John Donne:
" Nenhum homem é uma ilha isolada; cada homem é uma partícula do continente, uma parte da terra; A morte de qualquer homem me diminui porque estou envolvido com a humanidade. Por isso nunca me pergunte por quem os sinos dobram; eles dobram por ti."
19.8.09
No início do ano passado enquanto eu filmava o documentário sobre a Aids, passei diversas manhãs entrevistando pacientes no ambulatório de uma clínica de atendimento especializado. Foram inúmeras histórias de vida e eu confesso que saía derrubada de lá, por melhor que eles encarem conviver com o vírus. São pessoas de todas as idades, raças, credos e condições econômicas. Alí vemos escancaradas todas as facetas do ser humano. O que de mais imperdoável vi, foram mulheres infectadas por parceiros que sabiam que eram portadores e mesmo assim não protegeram as parceiras.Mas isso é assunto prá outro post.
E foi num desses dias que eu começei a conversar com um rapaz de 19 anos na sala de espera.Ele não quis gravar uma entrevista, mas no bate papo informal, me contou como era ser homossexual, a família que teimava em negar sua opção, o preconceito, os amigos e tal. Contou que fazia o exame periodicamente, mas que estava tranquilo pq se cuidava. Ele falava animado de todos os seus projetos de vida. Dava gosto de ver tanta jovialidade e um rosto tão cheio de esperanças.
Entrei para uma entrevista e ele para a sua consulta. Eu estava saindo da entrevista, ainda no corredor, carregando numa mão a câmera e na outra uns papéis, quando encontrei-o novamente. Ele vinha de cabeça baixa e e num rompante me abraçou forte e começou à chorar. Fiquei totalmente sem ação, nem o abraço eu podia retribuir porque estava com as duas mãos carregadas.Eu fiquei lá parada, em silêncio, naquele enorme e frio corredor cinza claro.Não sei quanto tempo se passou, mas seu choro era tão dolorido que aqueles segundos, ou minutos, pareceram uma vida inteira.Num dado momento a médica abriu a porta do consultório e o chamou de volta. Ele tirou os braços que me envolviam fortemente e me agradeceu.Ele se afastou, mas o peso ficou ainda em meus ombros.
Me despedi das pessoas da clínica e fui para o carro. Sentei-me em frente à direção, virei a chave, liguei o motor e lá fiquei. Ao invés de dar marcha à ré e sair, eu chorei, chorei, chorei até me acabar.Chorei por ele, por mim, por todos os outros, pelas esposas, pelas crianças e pelas famílias inteiras que lá conheci. Chorei por cada história que me contaram. Chorei por todo o preconceito e por tantas vidas interrompidas.Chorei de revolta, de raiva e de amor.Aquilo não era um filme, era vida real.
Aproximadamente 500 gr de massa pré cozida (ou 300 gr daquela que vai crua direto ao forno)
500gr de carne moída temperada e refogada
molho branco feito com um litro de leite
1 litro de molho de tomate natural (daquele que faço em casa)
250gr de presunto cozido
250gr de muzzarella
um pouco de parmesão para gratinar
Misturo o molho de tomate à carne refogada e passo para a montagem alternando camadas de molho com carne, massa, molho branco, presunto, muzzarella,molho de carne e tudo outra vez, finalizando com massa, molho branco e queijo parmesão. Na verdade, massa vai pouco e acho que é o recheio que faz a diferença.
Eu ainda faço uma versão com camadas de beringela fatiada bem fininha só com sal, que eu coloco entre a muzzarella e o molho de carne.Mas essa meu filho não gosta muito :o)
Molho de tomate natural:
Coloco 2 quilos de tomates limpos e cortados em 4 partes para ferver. Não precisa de água, que o tomate faz. Daí, quando o tomate estiver bem mole, já quase desmanchando apago o fogo e deixo esfriar um pouco. Aí então bato no liquidificador, passo na peneira e depois volto para panela. Deixo cozinhar em fogo baixo, com uma colher de chá de sal, até encorpar. Aqui os tomates não costumam ser muito ácidos, então nem preciso adicionar açucar para corrigir a acidez. Eu até prefiro não usar açucar.
Mas vamos voltar ao Marley, que muitos disseram que se acabaram em lágrimas ao ler o livro ou assistir o filme.A mídia elevou o livro/filme à categoria daquelas tragédias aonde o mocinho morre no final e assim sendo me parece que muitos choraram e se emocionaram acompanhando o coletivo. Realmente o final é bonitinho e exploraram muito bem no filme a emotividade das crianças, e isso sempre afeta o público. Mas já perceberam como existe a necessidade cada vez maior de humanizar os animais.Não pensem que eu não goste deles, pelo contrário, tenho aqui em casa 3 cachorros e 2 gatas.Inclusive um labrador chocolate do naipe do Marley (na foto acima). Amo-os de paixão, mas bicho é bicho e gente é gente. Já perdi vários cachorros, todos morreram de idade avançada. Talvez não tenha me acabado de tristeza com a história de Marley porque aqui em casa, desde cedo convivemos com animais, e aprendemos que a partida deles faz parte da ordem natural das coisas. Eu derramo lágrimas mesmo, em filmes como O jardineiro Fiel, Nascidos em Bordéis, Diamantes de Sangue, Amor sem fronteiras, porque aí sim fico triste de ver seres humanos sendo tratados como animais.
Chico Buarque de Hollanda - Essa Moça Tá Diferente
Só prá constar: eu não acredito que os americanos tenham descido na Lua, assim como eu não acredito em tantas outras coisas.Tá certo, às vezes eu faço que acredito :o)
18.8.09
O café da manhã foi básico, com pão integral , requeijão e suco de laranja.No almoço fiz umas tirinhas de filé ao molho madeira com cenourinhas adocicadas.No lanche da tarde assei pães de queijo e servi com uma porção reforçada de melão bem docinho, que ele comeu inteirinha. Agora à noite fiz bifinhos na chapa de ferro com salada de milho e cenoura ralada. E para acompanhar suco de caju. Aproveitei o tempo extra e preparei mais 2 quilos de molho de tomate natural. Na verdade, não tem comparação entre o molho de caixinha e o feito em casa.
E perguntem se ele melhorou? Comendo desse jeito só podia ter melhorado, afinal comida de mãe é um santo remédio. Mas somente agora no final da tarde é que a febre baixou. Tanto que amanhã também não vou trabalhar e já tratei de providenciar as frutas para fazer uma bela de uma salada :o)
Nikka Costa - Pebble To A Pearl
Nikka Costa...aquela menininha cresceu e agora anda lá pelas bandas da soul music!!!
Ah...os sinais...acho que estão me dizendo para ficar em casa....talvez ser uma mulher à moda antiga. Cozinhar, bordar, cuidar dos pequenos detalhes, mimar mais o filho e nas horas vagas escrever e editar videos. Bem, filmar, tem que ser nas outras horas vagas :o)
Isso porque cheguei ontem no finalzinho da tarde, já estava escurecendo, super cansada e fiz um jantarzinho muito meia boca. Os gentis cavalheiros aqui de casa nem reclamaram, o que já é ótimo.Só consegui pegar no sono por volta da meia noite e à uma da manhã meu filho me chamou.Estava febril, morrendo de dor de cabeça e um tanto resfriado.Dei-lhe um analgésico e fiquei na cabeceira da sua cama até ter a certeza de que dormia tranquilamente, aí já eram mais de 3 horas. Hoje cedo, na hora de ir prá escola, ele acordou com todos os sintomas outra vez. Agora ele está dormindo um pouco. Já liguei no escritório avisando que não vou trabalhar. Já liguei na escola avisando que ele não vai. Já liguei no pediatra (um anjo que nos acompanha desde que meu filho chegou), porque afinal eu é que não vou arriscar com essa gripe que anda por aí. O médico me tranquilizou porque ele não tem febre alta, nem tosse.Acha que é somente um resfriado comum. Em todo caso me disse para ficar em observação e cá estou, velando o sono do meu pequeno, que hoje aos 13 anos, já é muito mais alto do que eu e olha que eu tenho 1:65m.
17.8.09
E falando em video, passei boa parte do dia, além de trabalhando, pensando na vida. Quando concordei em aceitar mais responsabilidades no trabalho, fiz mais por orgulho próprio do que por recompensa financeira. Eu queria provar prá mim mesma que eu era capaz e que não ficava atrás de nenhum colega do sexo masculino na empresa. E assim cheguei à um cargo de direção. Que no voraz universo capitalista significa algo muito diferente da direção de cinema, que faço por prazer e sem compromisso algum.
Voltando ao meu trabalho burocrático, me pergunto para quê todo esse empenho??? Prá comemorar o aumento de alguns índices e a diminuição na porcentagem de inadimplência. Se eu não tivesse esse emprego teria mais tempo para me dedicar ao que realmente gosto...nessas horas dá sim vontade de viver de forma alternativa.Mas aí vc faz planos para o futuro, se vê novamente escrava do poder monetário e esquece todo aquele seu lado mais criativo.
Se eu for mudar o rumo da minha vida, tem que ser agora.Alguns projetos começaram à surgir, mas ainda são esboços.Vou tentar ficar mais atenta aos sinais...
16.8.09
Aproveitei a insônia da noite passada para assistir O Leitor.
Mas foi aí que perdi o sono...o filme me deixou entre o certo e o errado, a culpa e a redenção, o amor e a moralidade, a culpa e a vontade, a lembrança e o esquecimento, o desejo e a responsabilidade, o crime e o castigo e entre o menino e o homem. As reflexões eram tantas que aí que demorei para pegar no sono mesmo. Cresci escutando os horrores do holocausto, que eu acredito que tenha sido o que de pior aconteceu ao mundo "civilizado", até os dias de hoje. Mas o filme aborda um outro aspecto, a profundidade da alma humana e traduz maravilhosamente bem aquele segredo carregado de sentimento que não deixa o ser viver direito. Isso cabe à todos os personagens envolvidos na estória.
Na maioria das vezes o que vemos é uma mulher sendo atormentada por segredos ou sentimentos. Neste caso não, é um homem, um menino. O filme mostra que em situações adversas assim, todos carregam um segredo como marca.O livro que deu origem ao filme deve ser sensacional. Acabou de entrar na minha lista de futuras leituras.
Infelizmente seus produtores, Anthony Minghella e Sydney Pollack, não puderam ver o filme pronto pq morreram no decorrer das filmagens (2008). Pollack deixou uma lista de obras que gosto muito como: Entre Dois Amores, Sabrina , A Intérprete e o Paciente Inglês, que ele dirigiu em parceria com Minghella.Aliás trabalharam juntos também em O Talentoso Ripley e Cold Mountain.
Voltando Ao Leitor, Nicole Kidman era a primeira escolha de Minguella para interpretar Hanna, cuja interpretação, no final, ficou à cargo de Kate Winslet (segunda foto).Ela fez um bom trabalho, mas não melhor do que em Foi apenas um sonho (Revolutionary Road, 2008).É mais um filme (primeira foto) baseado em livro, escrito por Richard Yates em 1961.Ela dá um show à parte!
Bem, o que eu queria dizer mesmo é que eu gostei muito de O Leitor e que ainda não consegui ter uma opinião definitiva sobre o tema desenvolvido pelo autor. Acho que basicamente o que dá para concluir é que o amor, querendo ou não, está muito acima do certo ou errado :o)
15.8.09
Summer place
Este é um lugar em que poderíamos estar agora...eu lendo mais um dos meus tantos livros e você fumando seu cigarro tranquilamente e sem todas aquelas proibições e me fitando.Me surpreendo que até hoje você ache graça no meu jeito meio esquisito de ser. Lá fora faz calor mas isso não importa porque provavelmente eu deva estar sonhando mesmo.Você viu como o mar está azul hoje? É um presente, não? Não ria, estou falando sério.Lá vem você me tirar do sério outra vez. Está certo, eu vou, eu vou....
14.8.09
Mas voltando à minha sopa de terça feira. Era para ser um caldo verde básico, mas como tudo na minha cozinha, sofreu modificações.
Os ingredientes:
5 batatas médias cruas descascadas e picadas
1 litro de caldo de carne natural e ou caldo pronto (eu costumo ter o caldo congelado)
Na primeira fase eu coloquei na panela de pressão as batatas, o caldo, cobri tudo com mais um pouco de água e levei para cozinhar.Enquanto isso preparava os demais ingredientes:
1 linguiça calabresa picada em rodelas
150 gr de costelinha de porco defumada (previamente fervida para diminuir a gordura)
6 tirinhas de bacon já frito e picado.
1 maço de espinafre lavado e já em folhas (o tradicional é a couve, mas como não encontrei, fui de espinafre e deu certo)
Alho e cebola
Modo de fazer:
Depois de cozidas as batatas, abri a panela e dentro dela mesma, com o auxílio do espremedor, espremi dois terços das batatas. Adicionei aí as costelinhas. Numa panelinha à parte fiz um desfrito de alho, cebola e as rodelas de calabresa, que adicionei às batatas.
Voltei ao fogo e dei mais 10 minutos de pressão.Depois acrescentei o ingrediente especial:
1 lata de grão de bico cozido (ou uma xícara )
Coloquei o grão de bico e o espinafre e deixei ferver por mais 10 minutos, panela destampada.Por último, na hora de servir, adicionei o bacon.
Aqui em casa não precisei adicionar sal em nenhum momento do preparo, mas aí vai de cada um.
12.8.09
Se te comparo a um dia de verão
Nestas linhas com o tempo crescerás.
Muitas vezes me pego entre o "ser" e o "estar". Adoro as tragédias shakesperianas, que nem acho tão trágicas assim quando avalio a natureza humana. Considero-as um simples caso de reação causal, muito bem inserido no contexto, por exímio escritor.
De cara, em Hamlet já encontramos a famosa frase: Ser ou não ser, eis a questão.Nesta caso o personagem não era, estava sendo.E sendo atormentado por uma dúvida.
"Ser ou não ser, eis a questão: será mais nobre
Em nosso espírito sofrer pedras e setas
Com que a Fortuna, enfurecida, nos alveja,
Ou insurgir-nos contra um mar de provações
E em luta pôr-lhes fim? Morrer.. dormir: não mais."
Sua única certeza é que não poderia mais dormir, pelo menos tranquilamente.
E quantas vezes nos pegamos atormentados por uma dúvida de sermos isso ou aquilo, quando na verdade podemos só estar experimentando um momento transitório da vida. Pensando assim nunca somos e somente estamos.
Na língua inglesa por exemplo expressamos da mesma forma essas duas condições com o verbo To Be. Então porque estaria eu aqui dizendo que muitas vezes fico entre o ser e o estar? Porque acredito que exista mesmo um abismo entre o ser humano e seus ideais.E na minha visão otimista ele é totalmente transponível. Eu sinto que sou quando estou imóvel e estou quando em movimento. Do modo como vivo ando constantemente "sendo" e "estando" 24 h por dia, todos os dias.E o dia que eu deixar de ficar entre o "ser" e o "estar", eu morri. Ou dormi profundamente como Julieta.
"Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha. Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso. Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel."
Veremos também o abismo, desta vez fatalmente instransponível em Otelo.O que me faz pensar o quão observador Shakespeare era. Acredito que o que me falte para não mais ficar entre o "ser" e o "estar" seja um pouco mais de observação, maturidade e idade.E desconfio que irei descobrir que o melhor da vida é poder ser e estar ao mesmo tempo :o)
10.8.09
Eu cheguei ao planeta de forma meio que tempestuosa, o médico chegou a achar que eu não ia sobreviver.Mas sou teimosa e resisti bravamente.Tive uma infância cercada de cuidados por conta de tanta fragilidade.Fui uma adolescente mimada pelo pai e sempre em conflito com o jeito rígido de ser da minha mãe.Depois me libertei deste rótulo para me tornar uma jovem que brigava por tudo o que achava certo. Eu desfraldei muitas e muitas bandeiras. Tive a liberdade de ir e vir diversas vezes e assim fiz. Conheci mundos e pessoas maravilhosas. A comunicação e o jornalismo expandiram mais ainda meu horizonte. Vivi praticamente 50 anos em 5.
No meio de tanta vida prá viver tive um problema de saúde e quase que me deixer derrotar.Fiquei revoltada, fiquei depressiva, mas mais uma vez reagi. Meu corpo mudou muito e minha cabeça também. De uma adolescente mimada surgiu uma mulher com uma enorme vontade de viver. O pior do excesso de peso adquirido não foi a estética e sim as limitações. Limitações estas que estavam muito mais na minha cabeça e nos outros do que realmente no meu corpo.Tive de aprender à viver o mundo de outra forma. Hoje já não tenho mais limitações, faço tudo que os outros fazem, aliás acho que até mais, só que no meu tempo.Só fiquei um pouco mais devagar.E no sábado, durante as filmagens, pensei justamente nisso.No período em que estava me achando um nada no mundo não poderia nunca me imaginar naquela situação. Percebi que mais uma vez eu venci e que hoje com minhas próprias pernas posso ir aonde desejar. Voltei ao tempo daquela jovem determinada (ou teimosa). Sou grata à essa nova fase da minha vida, tão cheia de mim em outras fases. E sou extremamente grata à todas as pessoas que fazem parte disso, as novas, as antigas, as que ainda não conheço e as que reapareceram :o)
8.8.09
Começando com as filmagens de um novo curta: Ciclos.
A equipe estava bem afinada e apesar do sol escaldante o tempo passou de uma forma tão sutil que nem percebemos. A Gabi, que faz a protagonista, é uma fofa!!! E tem uma paciência admirável...repete a cena quantas vezes for necessário e sempre bem disposta.Deixei as filmagens às 17:30h porque ainda tinha de preparar o jantar de Dia dos Pais, uma vez que amanhã vou trabalhar. Adivinhem o cardápio??? Pizza...que meu pai adora.Mas tem de ser feita em casa. Deixo aqui a prova do crime:
Estava divino!!! Bem, agora vou tomar aquele banho reconfortador e dormir um sono bem gostoso que amanhã tem mais :o)
7.8.09
Pausa para o café
O restaurante sírio-libanês Arabesco serve o Mocha, um drink de café com leite condensado e calda quente à escolha do cliente: chocolate, caramelo ou nutella.
O café na cultura árabe - até o final do século XVII, a bebida vinha da Arábia e era conhecida como “Moca”, o nome da sua cidade de origem. Os habitantes desta região foram os primeiros a beber o café, ao invés de comer ou mascar a fruta, como era feito no início, por outros povos. A palavra café vem do árabe Qahwa, que significa vinho, desta forma ficou conhecido como “Vinho das Arábias” quando chegou à Europa.
(Fonte: Arabesco, Rua Doutor Homem de Mello, 494 – Perdizes – S.P. , funciona das 10h às 23h – de segunda a sábado e domingos das 10h30 às 17h. Estacionamento gratuito. Tel: (11) 3872-8164 - www.arabesco.com.br ) Tenho até pensado em ir à São Paulo só para tomar um cafézinho :o)
A Rede Globo hoje à noite apresenta um programa especial sobre o café.
UPDATE: Achei!!!!!!!!!!!!! Estava no bolso do casaco pendurado na minha cadeira do escritório. Com o calor que anda fazendo por aqui, nunca que eu ia encontrar mesmo.
Sonhar é poder estar em qualquer lugar :o)
É bom fugir um pouco da realidade...aqui a epidemia está um pouco complicada.Os dois maiores hospitais municipais estão lotados.Não oficialmente, estão todos em estado de alerta.Ainda não oficialmente, o serviço funerário confirma que são muito mais mortes por dia do que é veiculado pela imprensa.O vírus já começou à infectar pessoas do meu círculo de amizades.E todos passam bem. As crianças só devem retornar às aulas no dia 17 e os orgãos de saúde pedem para que evitemos lugares lotados.O que não é problema pq eu já evito naturalmente.E meu filho está adorando essa coisa de ter de ficar em casa.
Oficialmente não se fuma mais em lugar fechado. Pelos fumantes que conheço, vai ter gente batendo na mãe. Devia ser permitido fumar fechado no banheiro, mas pensando bem, as filas seriam um problema.Mas mesmo assim seria a melhor solução para o pessoal do escritório.Hoje, quem quer fumar lá no prédio tem de pegar o elevador, passar por uma catraca, descer uma escada rolante e atravessar um shopping center para chegar à rua. São no mínimo, na melhor das hipóteses 15 minutos para ir e mais 15 para voltar. E não é assim que as pessoas vão deixar de fumar , isso só vai aumentar a revolta dos fumantes, que em tese, são viciados. Eu não fumo e também concordo que não quero respirar fumaça alheia, mas defendo que os fumantes devam ter um lugar específico para fumar que não seja a rua. Mas enfim, não sou eu que faço as leis nesse país.
Hummm...ainda tenho tempo para uma meia horinha de sono.Quem sabe ainda dê prá sonhar...
Uma excelente sexta feira para todos, que eu vou lá aproveitar esse soninho!!!
6.8.09
5.8.09
Genesis - That's All (2004 Digital Remaster)
Just as I thought it was going alright
I find out I'm wrong, when I thought I was right
s'always the same, it's just a shame, that's all
I could say day, and you'd say night
tell me it's black when I know that it's white
always the same, it's just a shame, that's all
I could leave but I won't go
though my heart might tell me so
I can't feel a thing from my head down to my toes
but why does it always seem to be
me looking at you, you looking at me
it's always the same, it's just a shame, that's all
Turning me on, turning me off,
making me feel like I want too much
living with you's just putting me through it all of the time
running around, staying out all night
taking it all instead of taking one bite
living with you's just putting me through it all of the time
I could leave but I won't go
well it'd be easier I know
I can't feel a thing from my head down to my toes
why does it always seem to be
me looking at you, you looking at me
it's always the same, it's just a shame, that's all
Truth is I love you
more than I wanted to
there's no point in trying to pretend
there's been no-one who
makes me feel like you do
say we'll be together till the end
I could leave but I won't go
though my heart might tell me so
I can't feel a thing from my head down to my toes
so why does it always seem to be
me looking at you, you looking at me
it's always the same, it's just a shame, that's all
But I love you
more than I wanted to
there's no point in trying to pretend
there's been no-one who
makes me feel like you do
say we'll be together till the end
But just as I thought it was going alright
I find out I'm wrong when I thought I was right
it's always the same, it's just a shame, that's all
Well I could say day, and you'd say night
tell me it's black when I know that it's white
it's always the same, it's just a shame, that's all
Aliás, sou uma ótima companheira de viagem...
4.8.09
Diana King - I say a little prayer
Este filme é uma lição para aqueles que não sabem falar com o coração :o)
3.8.09
Tento entender o que representa o ato de adotar no consciente coletivo. Já ouvi barbaridades que vão do medo à indiferença, passando sempre pelo egoísmo. Se eu pudesse eu abraçaria todas as crianças abandonadas do mundo. Meu filho foi abandonado na maternidade e demonstra até hoje reflexos desta brutalidade.Os quatorze dias que ficou sozinho no berçario deixou um vazio afetivo na sua história. É como se ficasse faltando uma parte da pessoa, uma parte que deveria ser boa. O amor e o tempo curam tudo, ou quase tudo, mas nunca apagam a marca deixada.
Comigo ele é super bem resolvido mas ele tem uma postura radical quanto à mãe biológica.Pode ser que ele mude, mas aos 13 anos ele não perdoa qualquer mãe que abandone um filho.Ele se revolta com a falta de amor alheia mesmo em casos de filhos biológicos. Sim, porque para um certo número de crianças abandonadas em orfanatos, existem um número igual ou maior de crianças abandonadas dentro de seus próprios lares.
Nesta minha última passagem por Minas, conheci um casal com dois filhos, um menino de 7 e uma menina de 5. A tal mãe não suporta a menina e nem disfarça.Eu me aproximei muito dela com esse meu jeito mãezona e minha real vontade era de trazê-la para casa comigo.Mas é claro que não posso mudar o mundo. Mas o importante mesmo é que depois que adotei meu filho muitas pessoas me seguiram e estão felizes com isso. Não é fácil, porque a sociedade ainda tem muito o que aprender sobre amor e relações familiares, mas já é alguma coisa.
A minha adoção foi inter racial e as que me seguiram também.Isso considero uma vitória porque o amor não tem mesmo cor, raça, idade ou condição social.E o melhor deste mundo é amar e ser amada por um filho, é sem dúvida alguma a expressão maior de amor. Meu filho é o maior presente que já recebi. Que todas as pessoas possam experimentar essa felicidade pelo menos uma vez na vida :o)
2.8.09
E assim, sabendo de antemão que leria um livro muito bem escrito, me entreguei à leitura de "Cidade de Ladrões" de corpo e alma.Quatro dias foram mais que suficientes para que eu devorasse suas 290 páginas. É uma escrita intensa e poética, com alguns trechos bem fortes.
É impressionante como o que diz respeito à nossa descendência fica de alguma forma gravado em nosso subconsciente.E em determinadas horas isso vem à tona. Diversas vezes, durante a leitura, tive flashes de diálogos do tempo em que meu avô ainda era vivo. Lembro de passagens e pequenos detalhes que minha mãe contava, o que tornava o livro cada vez mais real. Embora na época em que se passa o cerco à Leningrado, meu avô já morava no Brasil. Ele veio ainda pequeno, com dois anos de idade, mas foi registrado como nascido aqui e desta forma chegou até mesmo a servir o Exército Brasileiro, como tenente da cavalaria. Depois foi vendedor de livros e enciclopédias. Talvez eu tenha gostado muito do livro por causa da minha história ou mesmo da minha genética.De qualquer forma eu recomendo a leitura. Leiam um trecho do livro aqui!